Bento XVI disse hoje seguir com "viva preocupação" a situação na Síria e na Líbia, apelando ao fim da violência para que se retome a "convivência pacífica" nestes países. "Sigo com viva preocupação os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria, que provocaram numerosas mortes e graves sofrimentos", disse o Papa, no pátio interior da residência pontifícia de Castel Gandolfo, arredores de Roma.
Perante centenas de peregrinos reunidos para a recitação da oração do Angelus, Bento XVI lançou um "premente apelo" às autoridades e populações sírias "para que se restabeleça quanto antes a convivência pacífica e se responda adequadamente às aspirações dos cidadãos, no respeito pela sua dignidade e em benefício da estabilidade regional".
Este pedido chega algumas horas depois do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter exortado num telefonema o presidente sírio, Bashar al-Assad, a terminar a campanha militar contra os opositores.
Bento XVI convidou os "fiéis católicos" a rezarem "para que o esforço da reconciliação prevaleça sobre a divisão e o rancor" na Síria.
O Papa falou também da crise na Líbia, "onde a força das armas não resolveu a situação".
"Exorto os organismos internacionais e quantos têm responsabilidades políticas e militares a relançar de forma convicta e resoluta a busca de um plano de paz para o país, através da negociação e do diálogo construtivo", declarou.
Nas saudações aos peregrinos, Bento XVI disse em francês que os fiéis não se devem esquecer de "guardar sempre um tempo para a oração" e rezar "todos os dias".
Em espanhol, o Papa lembrou a celebração da próxima Jornada Mundial da Juventude, em Madrid, que vai decorrer de 16 a 21 de agosto, pedindo orações "pelos frutos desse aguardado encontro" no qual ele próprio vai marcar presença, a partir do próximo dia 18.
Fonte: Agência Ecclesia - www.ecclesia.pt
