A Força da Oração
Comentário
da Intenção Missionária do mês de dezembro de 2011
"Para
que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho, e para que
sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e
abuso."
Comentário da Intenção
Missionária indicada pelo Papa para o mês de dezembro de 2011, aos
cuidados da Agência Fides (Roma)
A África é o continente chamado pelo
Papa à esperança: “Com Jesus Cristo, que pisou em solo africano, a
África pode se tornar o continente da esperança” (Bento XVI, homilia em
Yaoundé, 19 de março de 2009). Nesta linha, o Santo Padre Bento XVI
exortou os cristãos africanos a continuar a esperar, não obstante as
dificuldades nos campos da política e da sociedade. Certamente não podem
ser subestimados os problemas reais existentes neste jovem continente.
Há muitas situações de injustiça, pobreza, doença, exploração,
intolerância, violência e guerra. A esperança cristã não se baseia em
comportamentos que se recusam em enxergar os problemas ou que pretendem
ignorá-los. A Igreja está convencida que deve anunciar Cristo, a Boa
Nova do Pai, para que os homens possam encontrar nEle a esperança, a
reconciliação e a paz.
Para que haja desenvolvimento
econômico, cultural e social, é necessário um clima de paz que saiba
superar as divisões e feridas através da reconciliação. Cristo
crucificado nos reconciliou com Deus, destruiu a nossa condenação,
levando-a consigo na Cruz. Aceitando Ele, que é fonte de paz e de
justiça para todos, construímos a reconciliação. A verdadeira
reconciliação com Deus existe apenas quando há reconciliação entre os
homens.
O Beato Papa João Paulo II, em sua
exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Africa", apresentou a
Igreja como "família de Deus". O Papa indicou este modelo eclesial como
particularmente adequado à situação do continente. Afirmou que “de fato,
a imagem acentua a atenção pelo outro, a solidariedade, as calorosas
relações de acolhimento, de diálogo e de mútua confiança. A nova
evangelização tenderá, portanto, a edificar a Igreja como família,
excluindo todo o etnocentrismo e excessivo particularismo, procurando,
pelo contrário, promover a reconciliação e uma verdadeira comunhão entre
as diversas etnias, favorecendo a solidariedade e a partilha de
recursos e pessoas entre as Igrejas particulares, sem indevidas
considerações de ordem étnica”. (Ecclesia in Africa, n.63).
A Igreja na África deve ser para
todos um lugar de autêntica reconciliação. Assim, perdoados e
reconciliados entre si, os africanos poderão levar a todos o perdão e a
reconciliação que Cristo oferece. Os fiéis do continente devem ser
fermento de reconciliação que faz fermentar a massa, para ampliar o
Reino de Deus, que é justiça e paz. Recordem a seus cidadãos, como
proposto pelos Lineamenta do segundo Sínodo para a África, que os homens
são realmente irmãos. Caso contrário, o mundo se parecerá cada vez mais
a um campo de batalha, onde contam apenas interesses egoísticos e onde
reina a lei da força, que afasta a humanidade da desejada civilização do
amor.
Papa João Paulo II confiou a Maria o
continente africano. Pediu a sua intercessão para que um novo
Pentecostes aconteça na Igreja na África. E assim, “a efusão do Espírito
Santo faça das culturas africanas lugares de comunhão na diversidade,
transformando os habitantes deste grande continente em filhos generosos
da Igreja, que é Família do Pai, Fraternidade do Filho, Imagem da
Trindade, germe e início na terra daquele Reino eterno que terá sua
plenitude na Cidade cujo construtor é Deus: Cidade de justiça, de amor e
de paz”. (Ecclesia in Africa, n.144).
fonte: POM
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